Governo de SP anuncia expansão do ensino técnico e criação de 200 mil vagas para 2026
Governo de SP anuncia expansão do Ensino Médio Técnico e prevê 230 mil alunos na rede esta
O governo do estado de São Paulo anunciou nesta quinta-feira (13) a expansão do ensino técnico nas escolas estaduais a partir do próximo ano letivo. A promessa é criar 200 mil novas vagas na modalidade, que vem sendo ampliada desde 2023.
O anúncio foi feito no Palácio dos Bandeirantes. Segundo o governo, o número de estudantes matriculados em cursos técnicos deve subir de 124 mil para 230 mil até 2026.
Além de Tarcísio de Freitas (Republicanos), André do Prado (PL) e o secretário da Educação do Estado de São Paulo, Renato Feder, também participaram do evento.
Com o aumento das matrículas, a quantidade de escolas estaduais que oferecem ensino técnico também vai crescer — de 1.813 para 2.212 unidades em todo o estado. Atualmente, essas escolas oferecem nove tipos de cursos, entre eles logística, administração, enfermagem, farmácia e agronegócio.
"Estamos na direção certa. Estamos dando a vocês algo fundamental: ferramentas. O mercado é cada vez mais exigente, mais seletivo e menos apegado aos diplomas. O diploma tem cada vez menos relevância; a competência, cada vez mais. O mercado quer saber: quais são suas habilidades — e não apenas onde você se formou", afirmou o governador.
Outras mudanças na educação
Fachada da Escola Estadual Bonifácio de Carvalho Coronel, em São Caetano, na Grande SP.
Reprodução/TV Globo
A expansão do ensino técnico faz parte de um conjunto de medidas que o governo paulista vem implementando na área da educação. Nesta semana, a Secretaria Estadual da Educação também anunciou que avalia dividir escolas com mais de 1,2 mil alunos em duas unidades administrativas.
De acordo com o governo, o objetivo é melhorar a gestão e o desempenho das escolas maiores, que representam 330 das cerca de 5 mil unidades da rede estadual. Até o momento, 110 escolas já manifestaram interesse em aderir à mudança, que deve começar a valer a partir de 2026.
Na prática, a divisão criará duas escolas dentro do mesmo endereço, com gestões e nomes diferentes, mas sem separação física. Pátios, quadras e outros espaços continuarão sendo compartilhados. A Secretaria explica que, com a mudança, cada turno poderá ter um diretor próprio, facilitando o acompanhamento pedagógico.
Segundo o subsecretário de Planejamento da Rede Escolar, Michel Minerbo, escolas muito grandes costumam apresentar desempenho menor. “Um diretor de uma escola com 1.400 alunos e 100 professores enfrenta um desafio enorme. Ao dividir, ele passa a administrar metade disso, o que melhora o acompanhamento dos alunos”, afirmou.
A Apeoesp, sindicato dos professores da rede estadual, criticou a proposta, alegando falta de diálogo com a categoria. Em nota, a entidade afirmou que “a gestão atual não dialogou com a comunidade escolar e as entidades representativas”.
A Secretaria da Educação, por sua vez, nega falta de diálogo e afirma que o projeto foi discutido desde outubro com as Diretorias Regionais de Ensino. A previsão é que a lista de escolas que passarão pela divisão seja divulgada até o fim do ano.
O governo afirma que todas essas ações — da ampliação do ensino técnico à reestruturação administrativa — têm o objetivo de melhorar a qualidade do ensino e aproximar os estudantes do mercado de trabalho.FONTE: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2025/11/13/governo-de-sp-anuncia-expansao-do-ensino-tecnico-e-criacao-de-200-mil-vagas-para-2026.ghtml